sábado, março 15, 2014

Um excelente livro, com dois erros a corrigir

"Ao actual ritmo de extinção perder-se-á até ao fim do século metade das espécies actualmente existentes. Há, certamente, qualquer coisa com que nos devemos inquietar..."

Hubert Reeves, Onde Cresce o Perigo Surge Também a Salvação,Gradiva.2014. pág.90

"Não haverá respeito entre os seres humanos enquanto não respeitarmos os seres não humanos."

Hubert Reeves, Onde Cresce o Perigo Surge Também a Salvação,Gradiva.2014. pág.139


Hubbert Reeves ainda escreve, e que bem escreve. Para nosso deleite, consegue encantar-nos e ao mesmo tempo alertar-nos com a sua divulgação científica e activismo ambiental. Já não lia uma obra sua desde Um Pouco Mais de Azul, edição de 1986, um livro que me era dedicado: “Este livro é dedicado a todas as pessoas maravilhadas com o mundo”, dizia no início. Maravilhado com o mundo, porém decepcionado com o Homem, que transforma o mundo numa latrina. É uma contradição. O Homem está no mundo. O Homem é obra da Natureza. O Homem é por isso Natureza, e este dualismo Homem/Natureza é ilusório. Mas adiante. Resolvi agora ler, neste longínquo 2014, o seu livro Onde Cresce o Perigo Surge Também a Salvação.


Onde Cresce o Perigo Surge Também a Salvação é uma excelente obra, que se lê num ápice, mas contém dois erros tão evidentes, que o revisor científico deveria ter dado por eles: coloca a camada de ozono na ionosfera e esta a 50 km de altitude (pág. 54) e a Nova Zelândia no Índico (pág. 84). Enfim, duas pequenas manchas que não estragam a obra. O livro recebeu o Grande Prémio Ciência Viva!

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